O portfólio é a porta de entrada para o mundo profissional e funciona como um cartão-de-visita visual que mostra as competências e trabalhos do designer. Deve ser o reflexo do talento e experiência, para além de ser cativante e memorável, para que se possa destacar entre a concorrência.
Como compor um portfólio de design que impressione e que ajude a conquistar mais oportunidades e novos clientes? O Carga de Trabalhos juntou alguns pontos importantes a ter em conta:
1º Uma boa narrativa visual
O portfólio deve ser construído como uma história envolvente, com um início, meio e fim.
Em primeiro lugar deve definir-se um conceito que represente a sua identidade e criar uma narrativa que guie o observador através dos melhores trabalhos.
2º Seleção rigorosa dos trabalhos
Como diz a expressão, “less is more”. O ideal é incluir apenas os projetos que são motivo de orgulho e que refletem o tipo de trabalho ou cliente que se deseja atrair.
É imperativo ser-se seletivo e mostrar uma variedade de competências, mesmo que isso signifique ter um portfólio mais enxuto.
Muitos profissionais experientes aconselham a começar com um trabalho bom e seguir depois uma ordem qualitativa crescente, para terminar com outro trabalho muito bom no final.
3º Uma apresentação clara
Durante a apresentação dos projectos, é importante manter a clareza e um toque de entretenimento, usando textos breves e visuais atraentes como mockups e animações para dar mais vida ao portfólio.
4º Testemunhos são importantes
Incluir depoimentos serve para construir confiança, principalmente para quem ainda não tem ou tem poucos clientes. Por melhor que seja o portfólio, é sempre bom ver um feedback com avaliações positivas de quem é ou já foi cliente.
5º Dar aquele toque pessoal
Por detrás do trabalho está sempre um ser humano. Mostrar como se é como pessoa, partilhando o processo criativo por trás dos trabalhos, curiosidades, fotografias, ajuda criar uma ligação.
6º Plataforma digital: onde partilhar?
– Uma plataforma como o Behance é perfeita para criar e partilhar o portfólio e permite fazê-lo de forma bastante rápida. Convém que seja fácil de navegar entre trabalhos, que tenha uma separação entre categorias e que reflita a identidade visual do profissional.
– Há quem prefira criar um website próprio e, para tal, existem diversas ferramentas gratuitas que podem ajudar nesse processo.
– Para além da presença online, é sempre bom ter uma versão do portfólio em PDF, muitas vezes requisitado nas ofertas de emprego.
Em qualquer uma das opções, convém não esquecer os dados de contacto e links para outras redes sociais.
7. Atualizar é fundamental
É importante manter o portfólio sempre atualizado e perceber que ele não é um elemento estático, é algo que muda, de acordo com a pessoa e com a sua experiência.
Ir removendo projetos menos fortes e adicionando novos, que demonstrem uma evolução, é a melhor forma de mostrar um crescimento profissional.
8. Uma identidade visual própria
Cada pessoa é uma marca. E para quem trabalha tantas marcas, porque não criar uma para si mesmo? Desenvolver uma identidade visual única, com um logotipo e cores que representem a marca pessoal é essencial para se destacar e criar reconhecimento num mercado bastante competitivo.
Se ainda restarem dúvidas sobre como começar ou o que incluir no portfólio, é possível ir buscar inspiração aos trabalhos de outros designers, que facilmente se encontram online. Boa inspiração e boa sorte!